
Ilustres colegas, queridos amigos e camaradas,
Não posso dizer que é com prazer que escrevo estas linhas. Escrevo-as porque a verticalidade do meu pensamento assim o impõe. Mais ainda; julgo tratar-se de uma responsabilidade.
Mal ou bem, a minha pessoa dispensa apresentações. Todavia, não quero deixar de vincar com profundidade que eu fui, desde a primeira hora, companheiro de Duarte Carreira e de Marco Fernandes na promoção de um projecto de verdadeira mudança de rumo no que concerne à Associação Académica de Direito da Universidade Lusófona. Ombreei com aqueles que se dispuseram a lutar por uma Associação com dignidade, verdadeiramente representativa dos estudantes da nossa Faculdade de Direito. Defendi, conjuntamente com homens e mulheres honestos e honrados, o primado da Democracia, da transparência e da verdade material, contra os nossos adversários que não tinham nem projecto, nem bons instintos. Integrei uma lista que perdeu a eleição aos órgãos da Associação por 9 votos, mercê do caciquismo e do cambão daqueles que se nos opunham. Aceitei a expressão democrática da vontade do eleitorado, mas nunca – nunca – baixei os braços!
Chamaram-me fascista em plena Assembleia-geral, e ainda que ofendido, ergui a cabeça e continuei a lutar pelo projecto que defendia.
Foi das minhas mãos que alguém subtraiu o livro das actas da nossa Assembleia-geral; fomos nós quem tentou devolver à nossa Associação a legalidade que lhe foi infamemente roubada.
Perante este conspecto, e tendo em conta que os colegas “históricos” da luta que se tem vindo a travar já concluíram as suas licenciaturas, assumo-me neste momento como o continuador de uma linha ideológica e de um projecto com o qual, ab initio, me identifiquei.
O projecto que actualmente defendo é o mesmo que de há três anos a esta parte venho defendendo.
Muita gente que pertencia a este núcleo ideológico saiu da Universidade entretanto, mas a continuidade está - sempre esteve - assegurada.
O meu objectivo, o nosso objectivo, continua a ser o mesmo: dignificar a nossa Associação, torná-la verdadeiramente representativa, prestigiar o nosso curso e a nossa Faculdade. Prosseguir aquilo que nos propomos com honra e com sentido de estar a prestar um serviço.
De maneira que é com muita tristeza e alguma amargura que assisto a iniciativas de carácter fracturante e sectário tomarem corpo no nosso seio, encapotadas sobre falácias que apenas colhem nos espíritos de quem as idealiza.
O projecto inicial contemplava união, união essa que obviamente se construiria num quadro de opiniões diversas e de ideias diferentes, mas que a final, convergiriam todas num só propósito.
É bem sabida a situação em que a nossa academia se encontrava. Muitos de nós tiveram essa experiência, ao assistir ao mau ambiente que entre turmas havia. Pessoas que estavam de costas voltadas umas para com as outras por questões menores, por divergências quanto à organização da praxe académica, por picardias políticas - digo eu, por estupidez pura e dura!
O que eu quero, o que eu defendo e sempre defendi, é um curso forte, unido e coeso, onde os valores da fraternidade, da amizade, da inter-ajuda e da união sejam quase palpáveis.
Agora é o momento de pôr em prática um projecto que amadureceu com o decurso do tempo.
Não é do meu agrado que surjam agora teses peregrinas e fraccionárias, pois que é bem possível que algo surgido numa lógica de conferir competição saudável venha a ter efeitos divisionistas, efeitos esses que personificam tudo quanto temos combatido.
Não é correcto, de acordo com a ideologia de inclusão e de união pela qual sempre pugnámos, que agora venham pessoas que são amigos e companheiros de luta a digladiar-se pela cadeira do Poder, quando o que sempre se pretendeu foi colocar o Poder ao serviço de todos, em benefício de todos.
Há ainda entre nós resquícios da mentalidade e da forma de estar associativa que sempre combatemos. Não pode dizer-se de forma nenhuma que os nossos objectivos estão alcançados. Urge continuar a lutar.
Bom seria que todos e cada um que se identifiquem com o nosso projecto ponderassem sobre o sentido destas palavras.
Concluo por dizer que, em democracia, cada um pensa e age como melhor entende, mas também que a verificar-se um episódio de divisionismo entre estudantes que deveriam estar do mesmo lado da barricada, com prejuízo para amizades e relações que ao longo dos anos se construíram, tal facto mais não será do que credor do meu veemente e solene repúdio.
Almada, 4 de Dezembro de 2008
Com as melhores saudações democráticas e académicas,
Pedro Ricardo Simões
5º Ano Jurídico
Não posso dizer que é com prazer que escrevo estas linhas. Escrevo-as porque a verticalidade do meu pensamento assim o impõe. Mais ainda; julgo tratar-se de uma responsabilidade.
Mal ou bem, a minha pessoa dispensa apresentações. Todavia, não quero deixar de vincar com profundidade que eu fui, desde a primeira hora, companheiro de Duarte Carreira e de Marco Fernandes na promoção de um projecto de verdadeira mudança de rumo no que concerne à Associação Académica de Direito da Universidade Lusófona. Ombreei com aqueles que se dispuseram a lutar por uma Associação com dignidade, verdadeiramente representativa dos estudantes da nossa Faculdade de Direito. Defendi, conjuntamente com homens e mulheres honestos e honrados, o primado da Democracia, da transparência e da verdade material, contra os nossos adversários que não tinham nem projecto, nem bons instintos. Integrei uma lista que perdeu a eleição aos órgãos da Associação por 9 votos, mercê do caciquismo e do cambão daqueles que se nos opunham. Aceitei a expressão democrática da vontade do eleitorado, mas nunca – nunca – baixei os braços!
Chamaram-me fascista em plena Assembleia-geral, e ainda que ofendido, ergui a cabeça e continuei a lutar pelo projecto que defendia.
Foi das minhas mãos que alguém subtraiu o livro das actas da nossa Assembleia-geral; fomos nós quem tentou devolver à nossa Associação a legalidade que lhe foi infamemente roubada.
Perante este conspecto, e tendo em conta que os colegas “históricos” da luta que se tem vindo a travar já concluíram as suas licenciaturas, assumo-me neste momento como o continuador de uma linha ideológica e de um projecto com o qual, ab initio, me identifiquei.
O projecto que actualmente defendo é o mesmo que de há três anos a esta parte venho defendendo.
Muita gente que pertencia a este núcleo ideológico saiu da Universidade entretanto, mas a continuidade está - sempre esteve - assegurada.
O meu objectivo, o nosso objectivo, continua a ser o mesmo: dignificar a nossa Associação, torná-la verdadeiramente representativa, prestigiar o nosso curso e a nossa Faculdade. Prosseguir aquilo que nos propomos com honra e com sentido de estar a prestar um serviço.
De maneira que é com muita tristeza e alguma amargura que assisto a iniciativas de carácter fracturante e sectário tomarem corpo no nosso seio, encapotadas sobre falácias que apenas colhem nos espíritos de quem as idealiza.
O projecto inicial contemplava união, união essa que obviamente se construiria num quadro de opiniões diversas e de ideias diferentes, mas que a final, convergiriam todas num só propósito.
É bem sabida a situação em que a nossa academia se encontrava. Muitos de nós tiveram essa experiência, ao assistir ao mau ambiente que entre turmas havia. Pessoas que estavam de costas voltadas umas para com as outras por questões menores, por divergências quanto à organização da praxe académica, por picardias políticas - digo eu, por estupidez pura e dura!
O que eu quero, o que eu defendo e sempre defendi, é um curso forte, unido e coeso, onde os valores da fraternidade, da amizade, da inter-ajuda e da união sejam quase palpáveis.
Agora é o momento de pôr em prática um projecto que amadureceu com o decurso do tempo.
Não é do meu agrado que surjam agora teses peregrinas e fraccionárias, pois que é bem possível que algo surgido numa lógica de conferir competição saudável venha a ter efeitos divisionistas, efeitos esses que personificam tudo quanto temos combatido.
Não é correcto, de acordo com a ideologia de inclusão e de união pela qual sempre pugnámos, que agora venham pessoas que são amigos e companheiros de luta a digladiar-se pela cadeira do Poder, quando o que sempre se pretendeu foi colocar o Poder ao serviço de todos, em benefício de todos.
Há ainda entre nós resquícios da mentalidade e da forma de estar associativa que sempre combatemos. Não pode dizer-se de forma nenhuma que os nossos objectivos estão alcançados. Urge continuar a lutar.
Bom seria que todos e cada um que se identifiquem com o nosso projecto ponderassem sobre o sentido destas palavras.
Concluo por dizer que, em democracia, cada um pensa e age como melhor entende, mas também que a verificar-se um episódio de divisionismo entre estudantes que deveriam estar do mesmo lado da barricada, com prejuízo para amizades e relações que ao longo dos anos se construíram, tal facto mais não será do que credor do meu veemente e solene repúdio.
Almada, 4 de Dezembro de 2008
Com as melhores saudações democráticas e académicas,
Pedro Ricardo Simões
5º Ano Jurídico
4 comentários:
ISTO E TUDO UMA PALHAÇADA VOÇES PENSAM QUE FAZEM ALGUMA COISA ASSIM? NAO FDZ EM VEZ DE SE REUNIREM E PENSAREM EM PROL DO CURSO NAO E CADA UMA PARA SEU LADO A PENSAR AH E TAL EU SOU MELHOR QUE TU E NAO ESTE CURSO E O MELHOR E FAZEREM AS COISAS PELO BEM FDZ GANHEM JUIZO PAREÇEM CRIANÇAS PENSEM EM NOS, PENSEM NO NOSSO CURSO, NA NOSSA ASSOSIAÇÃO QUE E PARA O BEM DOS ALUNOS E NAO PARA GANHAR €
Aos três comentadores: querendo, V. Excelências podem sempre assinar aquilo que escreverem aqui. Não querendo dar a cara publicamente, podem sempre abordar-me pessoalmente para dizer o que tiverem por conveniente, em reacção ao que eu disser ou escrever.
Princípio do Contraditório, diz-vos alguma coisa, ou ainda chegaram a essa parte da matéria?
De qualquer forma, registo as V. participações. Não as agradeço porque não sei junto de quem o fazer.
Estimados colegas, é com muito desagrado que observo neste espaço dos comentários, um sem número de insultos dirigidos a pessoas que muito já lutaram pelo nosso curso.
Sei que o meu colega e amigo Pedro Simões não necessita que ninguém o venha defender, mas não posso deixar de dar uma palavra de apoio e de apelo para que se ignore os comentários de certos “anónimos” e “anónimas”, que nada mais têm que fazer senão recorrer ao insulto infame e desnecessário. Certamente que, sendo alunos do curso de DIREITO, e dado os valores que nos foram transmitidos desde o primeiro dia de praxes, deveríamos sempre proteger o NOSSO curso, respeitar a NOSSA palavra, saber ouvir críticas mas nunca partir para a violência verbal. Até porque estas novas ferramentas tecnológicas permitem esconder a cara quando se pede às pessoas que se assumam responsabilidades para com as ideias que apresentam. É sem dúvida muito fácil dizer que o “X” ou o “Y” são isto e são aquilo, mas no final são essas mesmas pessoas que dão a cara, o trabalho e o tempo pela NOSSA VIDA ACADÉMICA, PELA NOSSA ASSOCIAÇÃO, e não aqueles que aparecem momentaneamente a querer o protagonismo, a querer poder e a querer “poleiro”.
Faço novamente um apelo para que se deixe de lado a violência verbal, ainda para mais quando estamos perante homens que cumprem com a sua palavra, divulgam livremente as suas ideias e já fizeram tudo o que podiam e tinham ao seu alcance para que o NOSSO CURSO e a NOSSA ASSOCIAÇÃO tenham cada vez mais força na ULHT.
Um pouco de respeito e um pouco de ponderação, é o apelo que vos deixo desde já,
Saudações Académicas!
Enviar um comentário